ATIVIDADE DOS GRUPOS de PPIP/CDPEF
Terceiro Bimestre
OBJETIVOS:
Compreender o Folclore enquanto expressão da cultura
popular e sua importância para todos nós;
Perceber, através da pesquisa e estudo, a relação que existe
entre o meio ambiente, nossas raízes históricas, sociais e a produção cultural;
Compreender-se enquanto sujeito histórico, produtor e
consumidor de cultura;
Compreender a produção folclórica como legado que vai se
transformando com a história.
O que é Folclore?
Como as escolas trabalhavam o
Folclore e como é trabalhado ATUALMENTE?
Em pleno século XXI, a escola
não pode se fechar para o mundo e achar que o trabalho sobre Folclore se resume
em pintar mitos como o saci... Ou ainda, recontar as lendas de forma
descontextualizada, distante da realidade sem relacioná-las ao cotidiano que
lhe deu origem, assim como, perceber que outras lendas continuam surgindo como
forma de entender e de explicar o mundo. Os boatos, os ditos e outras produções
da cultura dita popular e muitas vezes menosprezada pelo conhecimento
científico têm sua importância e são oportunidades riquíssimas de trabalhar a
criatividade, proporcionar o envolvimento com linguagens variadas e espaço para
produção de nossos alunos e alunas.
Os alunos e alunas que trabalham
conosco nas salas do Ensino Fundamental assistem a tv, sabem usar o computador,
navegam na internet, têm acesso ao celular... Ou seja, lidam com diversos
equipamentos interessantes e que muitas vezes não são aproveitados no ambiente
escolar, pela falta de recursos ou pela própria proposta pedagógica. Como
podemos trabalhar o Folclore de forma interessante para esses alunos e alunas?
Quais temas podem ser atuais e interessantes para eles e elas?
1 – TODOS OS GRUPOS:
PESQUISA SOBRE FOLCLORE – ORIGEM, CONCEITO, IMPORTÂNCIA PARA A CULTURA E COMO A
ESCOLA DEVERIA TRABALHAR ESTE TEMA.
ELABORAR PLANO DE AULA COM O TEMA FOLCLORE,
CONTEXTUALIZANDO-O DE FORMA INTERDISCIPLINAR. NÃO ESQUECER DE RELACIONAR AO
TEMA DO PP DESTE ANO DE 2013.
COLCHA DE RETALHOS – UTILIZANDO RETALHOS DE PANO E PANO CRU.(PANO DE SACO).
CADA PANO PODEM TER A MÃO OU O PÉ DO ALUNO OU ALUNA PRENSADO COM TINTA DE
TECIDO. COLOCAR O NOME E ESCREVER (CANETA DE PANO), SE FOR AS MÃOS – UMA BOA
AÇÃO/ SE FOR OS PÉ –U M BOM DESTINO PARA SEGUIR. JUNIAR OS RETALHOS ALINHAVANDO
E DEPOIS REALIZAR UMA EXPOSIÇÃO. APÓS, DOAR A COLCHA PARA UMA INSTITUIÇÃO.
2 - MURAL INTERATIVO
OBSERVAÇÃO – TODOS OS MURAIS DEVEM CONTER O TÍTULO E
OBJETIVO. MURAL TEMÁTICO e INTERATIVO (EXPOR NO CORREDOR PRINCIPAL – CAVALETES).
Grupo 1 – Mitos
Objetivos:
Conceituar mito;
Apresentar de forma resumida um pouco da mitologia
indígena, africana e portuguesa;
Valorizar a cultura popular e as nossas raízes;
Propor alguma forma de interação a partir do mural,
Perceber que os mitos têm uma função social em cada
cultura. Por exemplo, o Curupira (,mito indígena) protege os animais dos
caçadores.
Observação
Sugestão de links:
Mitologia indígena
Mitologia portuguesa
Mitologia Africana
Grupo 2– Lenda ou Realidade?
Objetivos:
Perceber que as lendas são construídas a partir de um
contexto sócio-histórico;
Compreender a riqueza das lendas como forma, também de
explicar e entender o mundo;
Provocar os alunos para “repensarem” alguns fatos, valores
ou conceitos que muitas vezes são e/ou foram entendidos como lendas, boatos,
mistérios e que algumas pesquisas ou mesmo a própria história já levanta
questionamentos sobre a possível veracidade desses fatos.
Confeccionar um mural interativo com enquête.
Exemplo:
O HOMEM FOI À LUA? LENDA OU FATO?
A TECNOLOGIA E O UNIVERSO. SATÉLITES. AS CÂMERAS QUE FOTOGRAFAM
O ESPAÇO.
MANGA COM LEITE FAZ MAL À SAÚDE?
Grupo 3 – Lendas Urbanas
Objetivos:
Conceituar lenda urbana;
Compreender que o Folclore é uma produção do homem que se
transforma no contexto sócio histórico;
Dar exemplos de Lendas urbanas;
Apresentar o Gentileza como alguém que talvez algum dia
fosse considerado uma lenda, caso não houvesse registros sobre sua história;
Perceber o registro como uma forma de eternizar a história
e documentá-la;
Realizar um mural interativo, onde os alunos do IECD poderão
ter espaço para registrar lendas urbanas que conhecem.
Exemplo
A INTERNET E AS LENDAS URBANAS
NOS SITES DE RELACIONAMENTO
ENCONTRAMOS MUITAS LENDAS, HISTÓRIAS.
OUTRO FATO INTERESSANTE É COMO OS “BOATOS” SE PROPAGAM
FACILMENTE PELA VELOCIDADE DO MUNDO GLOBALIZADO. CONECTADOS À REDE, TECEMOS
INFORMAÇÕES, QUE MUITAS VEZES, SÃO VERDADEIRAS LENDAS DO MUNDO VIRTUAL.
MUITOS FILMES EXPLORAM AS LENDAS URBANAS.
SERÁ QUE O SACI SERIA RECONHECIDO, HOJE, COMO ET?
Na Mesopotâmia,
Grécia e Roma Antiga já existiam boatos sobre
sugadores de sangue, porém, foi na Europa
Moderna que a história ganhou
força. O pavor era tanto que muitos foram assassinados sob acusação de ser uma
dessas criaturas.
Essa histeria residia, sobretudo, na ignorância sobre o ciclo de decomposição
do corpo humano e no fato de que algumas doenças podem originar comportamento e
aparência vampirescos:
Exumação: Se um caixão fosse aberto e o corpo estivesse preservado,
retorcido, ou se houvesse presença de sangue na boca e nariz do morto, não
havia dúvida: tratava-se de um vampiro. O que ninguém sabia é que, dependendo
da temperatura, umidade e tipo de solo, os corpos levam mais tempo para se decompor;
que por causa de erros de diágnósticos comuns pelo atraso na área da medicina
da época, as pessoas tentavam sair do caixão após serem enterradas vivas, como
portadores de catalepsia; e que
durante a decomposição, é possível que sangue e outros fluidos sejam expelidos
pelas cavidades do corpo.
Doenças: Certas pessoas acusadas de vampirismo podiam, no fundo, ser
portadores de porfiria, doença
rara catalogada apenas no fim do século XIX. As vítimas são altamente sensíveis
à luz solar, podem sofrer delírios e ter boca e dentes avermelhados. Por não
saírem de dia, são pálidas como vampiros. Além disso, mortes em série
atribuídas a vampiros eram, na verdade, fruto de epidemias, como raiva, cólera
ou a peste bubônica, pouco conhecidas na época. Para agravar, portadores da
peste bubônica podiam sangrar pela boca e portadores da raiva são sensíveis à
luz.
3 – CONTRUÇÃO DE VÍDEO COM DITADOS POPULARES MAIS ATUAIS OU
FRASES DE EFEITO que estimulem a responsabilidade, a união, a cooperação e a
perseverança;
Grupo 4:
Exemplo:
“Fazer o bem, sem olhar a quem”
4 – CONTRUÇÃO DE ÁLBM SERIADO COM DITADOS POPULARES
.ANTIGOS, EXPLICANDO SEUS REAIS SIGNIFICADOS, ORIGENS E OS QUE SÃO ERRÔNEAMENTE
FALADOS
Grupo 5:
Objetivos:
Pesquisar ditados populares e compreender que provérbios e
ditos têm uma grande importância no contexto social;
Conhecer a origem de alguns ditados;
Perceber que os ditados são modificados com o decorrer da
história e perdem suas reais características que lhe deram origem, ganhando
outros significados ou ainda, perdendo o sentido.
Fonte para pesquisa:
Exemplo:
ONDE JUDAS PERDEU AS BOTAS
Existe uma
história não comprovada, de que após trair Jesus, Judas enforcou-se em uma
árvore sem nada nos pés, já que havia posto o dinheiro que ganhou por entregar
Jesus dentro de suas botas. Quando os soldados viram que Judas estava sem as
botas, saíram em busca delas e do dinheiro da traição. Nunca ninguém ficou
sabendo se acharam as botas de Judas. A partir daí surgiu à expressão, usada
pra designar um lugar distante, desconhecido e inacessível.
APRESENTAR OS
DITADOS POPULARES QUE SÃO ERRÔNEAMENTE FALADOS.
Exemplo:
"Cor
de burro quando foge".
O correto é: "Corro de burro quando foge!"
Outro que no popular todo mundo erra: "Quem tem boca vai a Roma".
O correto é: "Quem tem boca vaia Roma". (isso mesmo, do verbo vaiar).
Outro que todo mundo diz errado: "Cuspido e escarrado" - quando
alguém quer dizer que é muito parecido com outra pessoa.
O correto é: "Esculpido em Carrara". (Carrara é um tipo de mármore).
OUTROS TEMAS QUE PODEM SER DESENVOLVIDOS
QUAIS ÁREAS DO CONHECIMENTO e TEMAS
PODEMOS TRABALHAR?
SUGESTÕES PARA VOCÊS QUANDO ESTIVEREM
LECIONANDO NAS ESCOLAS DO ENSINO FUNDAMENTAL E/OU EDUCAÇÃO INFANTIL
O HOMEM FOI
À LUA? LENDA OU FATO?
A TECNOLOGIA
E O UNIVERSO. SATÉLITES. AS CÂMERAS QUE FOTOGRAFAM O ESPAÇO.
SÃO JORGE –
A LENDA
A LUA NAS
LENDAS INDÍGENAS.
POR QUAL
MOTIVO OS ÍNDIOS CULTUAVAM A LUA?
O ASTRANAUTO
– QUE TRABALHO É ESSE?
E EU? EU VIVO SEMPRE NO MUNDO DA LUA!
TV E
FOLCLORE.; QUE PERSONAGENS DO FOLCLORE BRASILEIRO ENCONTRAMOS
NAS OBRAS APRESENTADAS PELA TV? (SUGESTÃO: MONTEIRO LOBATO- SÍTIO DO PICAPAU
AMARELO/).
(TECNOLOGIA)
COM A MÍDIA, AS LENDAS PASSARAM A SER PROPAGADAS MAIS RAPIDAMENTE, ATINGINDO UM
GRANDE NÚMERO DE PESSOAS.
QUEM CONTA UM CONTO... AUMENTA UM PONTO
QUANTO A TV INVENTA MODA... INVENTA MODOS, "INVENTA A GENTE"...
A INTERNET E
AS LENDAS URBANAS
NOS SITES DE
RELACIONAMENTO ENCONTRAMOS MUITAS LENDAS, HISTÓRIAS.
OUTRO FATO
INTERESSANTE É COMO OS “BOATOS” SE PROPAGAM FACILMENTE PELA VELOCIDADE DO MUNDO
GLOBALIZADO. CONECTADOS À REDE, TECEMOS INFORMAÇÕES, QUE MUITAS VEZES, SÃO
VERDADEIRAS LENDAS DO MUNDO VIRTUAL.
CULINÁRIA
BRINCADEIRAS E BRINQUEDOS
CANTIGAS E ACALANTOS
Enfoques: Matemática,
Português, História/Geografia e Artes: Folclore, Regiões do Brasil; Medidas,
Frações, Situações Problema; Construção de texto, Leitura, Interpretação;
Alimentos, Higiene, O Planeta. A Lua – Satélite da Terra. O espaço. Os
planetas. Novos planetas. As transformações do planeta...
Recursos e atividades:
Marcas da história: O Folclore Brasileiro. Realização de
pesquisas sobre a origem dos mitos do nosso Folclore; Lendas, brincadeiras,
parlendas, cantigas, acalantos, adivinhações, festas populares e etc. Lendas
urbanas do nosso município (pesquisa junto aos pais de algumas lendas urbanas
conhecidas por eles).
As lendas do Orkut – Lendas e tecnologias. O quanto as tecnologias influenciam
o nosso cotidiano. Lendas da internet. Convidar os pais e avós para que
contem algumas lendas para a turma. Trabalhar com o material da Turma da Mônica
em quadrinhos: http://www.monica.com.br/comics/folclore/welcome.htm
As lendas e o meio ambiente. Mostrar que as lendas acontecem de forma
contextualizada. A pesquisa científica e o planeta: “Et” - Quem é esse
cara?; “Será que o homem foi à lua?”; “A lua nas lendas”. “A lua e a sua
influência na natureza”: fases, agricultura, marés e etc. A NASA. Os
astronautas. A tecnologia no espaço.
Os mitos e seus papéis no meio ambiente (Ex.: a função do
curupira é proteção da mata). Montar um livrinho da turma que explique os mitos
e suas origens. Sugestão de Livro - Mistérios da Pindorama de Marion Villas
Boas.
A culinária. A transformação das receitas com a influência
de outras culturas. Confeccionar receitas. Pesquisar sobre pratos típicos das
regiões brasileiras.
A história e os alimentos: Programa “Pé De Quê?” Trabalhar noções de higiene e
cuidados na manipulação de alimentos. Trabalhar medidas na confecção de
receitas. Montagem de livro de receitas.
Trabalho com textos diversos: lendas, trava língua,
adivinhações, cantigas de roda. Construir textos coletivos sobre temas do
folclore.
Escrever histórias em forma de quadrinhos. Montar um livro
de ditados populares. Pesquisar brincadeiras antigas na família das crianças.
Resgatar essas brincadeiras.
Convidar responsáveis para ensinar brincadeiras de quando
eram crianças. Brincar com trava línguas e parlendas. Oferecer atividades de
desenho, pintura e colagem. Criar um blog registrando as atividades realizadas.
Postar desenhos, pesquisas, adivinhações, entrevistas sobre o tema. Trabalhar
com rimas. Atividades com sucata – artesanato, confecção de instrumentos,
fantoches etc.
Realizar atividades de teatro e dança. Utilização de
vídeos, sala de leitura, laboratório de informática, biblioteca, mala de
aventura e etc.
FONTE: PLANO DE AÇÃO CARMELINHA 2010
FOLCLORE
Proteção Jurídica
Existe uma proteção jurídica para o folclore. Está na
Constituição Federal:
Art. 215. “O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais
e acesso às fontes da cultura nacional e apoiará e incentivará a valorização e
difusão das manifestações culturais.”
A importância do Estudo do Folclore
O Estudo do folclore é o estudo da alma de um país, é o
estudo do modo de ser da gente, do povo, das suas maneiras de pensar, de agir e
sentir. É a mentalidade de um povo. É a lição que nos vem sendo transmitida
através das gerações.
Se não
conhecemos a mentalidade de um povo, não conheceremos os efeitos de uma vida
futura. A sementeira só germinará se anteriormente o terreno for estudado,
conhecido e preparado.
O Folclore na Escola
O folclore não está desvinculado do cotidiano do aluno,
desde que o professor esteja atento ao fato de que o folclore é a origem de tudo
o que a cultura humana vem construindo e sofisticando através dos séculos.
Na sala de
aula pode estar presente em várias disciplinas, embora sua maior aplicação
esteja no setor de linguagem oral e escrita, com a amplitude dos contos. A
criança é conduzida a um mundo de fantasias. O conto é um veículo educativo,
usado nas mais antigas civilizações. Os provérbios, que representam a
condensação da sabedoria, as adivinhas, que são testes de conhecimentos, as
parlendas, os jogos, os brinquedos que estimulam as relações sociais e
reafirmam a unidade do grupo.
Na História
do Brasil, na Geografia e nas Ciências, as lendas relativas à escravidão,
mineração, bandeiras, os heróis brasileiros etc.
Em Matemática, inúmeras fórmulas e outras contribuições em parlendas, poesias e
jogos.
Em Artes,
enfatizam-se os trabalhos manuais, artesanatos, uso do material local, música,
melodia, instrumentos.
O
aproveitamento do folclore no Ensino Fundamental é das mais válidas
contribuições, pela intenção formativa e pelo caráter de nacionalidade que
imprime.
Autoria
Desconhecida